Cruzamentos...

Qual será o momento certo? Esta sem dúvida uma das questões que mais vezes me surge. A questão é o resultado da nossa vida não ser uma linha recta mas sim uma enorme teia de cruzamentos. Estou parado num cruzamento muito simples, onde se pode virar à esquerda e damos mais uma volta ao bairro ou viramos à direita e... não sei o que vou encontrar.
A verdade é que não estou só... no outro banco da minha vida a resposta virar à direita é dita com uma coragem e com uma energia tão forte que hoje à tarde dei por mim a pensar que tenho de arrancar. Já fiquei parado neste semaforo há muito tempo. Tirar o pé do travão... colocar a primeira... abrir o pisca... e sim por ti que te amo.. vou virar à direita...

Doce...tão doce...

Entre dois copos de açucar... somando mais alguns ovos...e duas embalagens de chocolate... passou-se algumas horas da tarde...
Numa brincadeira... no meio de alguns beijos e muitos mimos... derrete-se o chocolate em banho maria...
Sem perder muito tempo... mistura-se as gemas com o açucar até ficar tudo muito bem incorporado... Não esquecer de dar um abraço bem apertado enquanto as claras são batidas em castelo. E quase a terminar junta-se todos os ingredientes e colocam-se num tabuleiro untado com manteiga...e vai ao forno...
O melhor ficou para o fim... sentados no chão... raspava-se a taça onde tinha sido feito o bolo... voltamos a ter 7 anos...

Da próxima vez... digo sim

A vida é sem dúvida um caixinha de surpresas. Quando numa praia quase deserta, um pequeno cachorro corre para junto de quem mais que tudo deseja ter um... o que será que significa? Será um sinal de que a decisão mais correcta é adoptá-lo? Ou será apenas uma mera coincidência?
A decisão foi tomada numa questão de minutos através de um jogo... feito por mim... pouco ético de perguntas, respostas e algumas provocações.
Ontem à noite tive a perfeita noção que a decisão tomada não foi a mais correcta... foi apenas... a mais egoísta...

R.I.P

Six Feet Under Last Episode


Foi a enterrar na passada segunda feira uma das melhores series dramáticas... Six Feet Under...
Tal como o inicio... o fim foi de tal forma perturbador, que será dificil esquecer tão cedo algumas das imagens. Os seis minutos finais mostraram como é doloroso ver o fim, quando para nós o fim nos parece tão infinito, principalmente daqueles que amamos.
Em cinco temporadas vimos os sonhos, os pesadelos, as angustias de uma família disfuncional... Todos tinham o o seu quarto escuro onde guardavam aos seus esqueletos. No fim nada já tinham para esconder... Após a viagem...Só restava...
Que série descanse em paz... paz à sua alma...

Uma vertigem...

... um bater de coração mais acelerado... um suor frio que aparece face... as mãos que tremem... e as milhares de imagens passam a uma velocidade imensa diante dos nossos olhos... O primeiro amor... o primeiro beijo... a primeira vez em que fomos até ao fim... o primeiro mergulho de cabeça... as primeiras decisões e convicções... são tudo causas desta nossa agitação.
Se pensarmos bem as acções que realizamos e que nos fazem ser "adultos" são de uma violência física atroz. Tudo em nós se acelera, como se de um momento para o outro caminhássemos à velocidade da luz. Mas o mais importante é se tudo correr bem, a sensação é tão boa. Parece que vamos ao céu e voltamos num pulo... que corremos a maratona em menos de 2 horas... mais... é como se fossemos invenciveis... e aí esquecemos que segundos, minutos ou horas antes estavamos tão frágeis que, por vezes, nem um pedaço de papel conseguimos segurar nas mãos...porém, na maior da ironias... nem uma lágrima cai...